Técnico deve desembarcar no país em 26 de maio, segundo previsão da CBF, para iniciar trabalho na Seleção
Ancelotti na final da Copa Intercontinental contra o Pachuca — Foto: Getty Images
As tratativas entre Carlo Ancelotti e a CBF para que o técnico assuma o comando da Seleção Brasileira estão bem encaminhadas. Entretanto, conforme revelou o jornalista André Rizek durante o programa Seleção sportv desta terça-feira, duas questões têm gerado incertezas para o italiano: a situação da segurança pública no Brasil e o cenário político conturbado da Confederação.
Os contatos com Ancelotti têm sido feitos por Álvaro Costa e Diego Fernandes, que lideram as negociações diretamente da Espanha. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, também tem se comunicado com o técnico. A ideia da entidade é que Ancelotti encerre sua passagem pelo Real Madrid após a última rodada do Campeonato Espanhol, marcada para 25 de maio, e desembarque no Brasil já no dia seguinte. Ainda assim, segundo Rizek, pessoas próximas ao treinador sinalizam que ainda não há um acerto definitivo, justamente por conta dessas preocupações.
— No contrato que fez em 23, o Ancelotti assinou que ia morar no Brasil. A CBF faz questão de que ele more no Brasil. Desta vez, ele está colocando alguns empecilhos. Ele sofreu um assalto quando dirigiu o Everton (em 2021), a casa dele foi assaltada na Inglaterra. Há uma preocupação da família dele com segurança no Brasil. E ele, por exemplo, está alegando que o Scaloni, técnico da Argentina, mora na Espanha. Por que ele não poderia morar na Europa? Isso está na mesa ainda — disse o apresentador.
Em 2023, o treinador chegou a firmar um compromisso com Ednaldo Rodrigues para assumir o time nacional, mas o presidente da entidade acabou afastado judicialmente, e com os bons resultados do Real Madrid, Ancelotti optou por renovar com o clube espanhol ainda em dezembro daquele ano.
A volta de Ednaldo ao comando da CBF aconteceu em janeiro de 2024, por decisão judicial. Porém, àquela altura, o italiano já não estava mais disponível. Com isso, Fernando Diniz foi substituído por Dorival Júnior. A demissão de Dorival no mês passado reacendeu o interesse da confederação em Ancelotti. Além da questão da segurança, o clima político na CBF também pesa na avaliação do técnico.
— Da outra vez, o Ancelotti assinou um termo de compromisso e, no momento em que ele se vê na encruzilhada com o Real Madrid para saber se ia prorrogar ou não o contrato, a CBF estava sem presidente, afastado pela Justiça. Ele está fazendo perguntas sobre o atual momento político da CBF. O que pode acontecer nos próximos meses? Há garantia de estabilidade? Mudou em relação àquele período que ele fecha um contrato e aí o presidente com quem ele fechou o contrato é afastado? Ele está buscando informações sobre o assunto. A CBF está vivendo um momento de grande turbulência — ressaltou Rizek.
A convocação preliminar para os jogos contra o Equador, no dia 5 de junho, e o Paraguai, no dia 10, precisa ser enviada à Fifa até o dia 18 de maio. Essa lista será elaborada por Rodrigo Caetano, coordenador de seleções masculinas, junto com o gerente técnico Juan.
Apesar disso, a CBF quer que o novo técnico seja o responsável por divulgar os 23 nomes finais, o que ainda pode ocorrer a partir do dia 26 de maio, após o encerramento da temporada espanhola.
Fonte: Jogo de Hoje 360