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Zagueiro angolano se torna símbolo de sucesso e inspira seus compatriotas a torcerem pelo Botafogo
O retorno de Bastos à seleção de Angola após três anos está diretamente ligado ao Botafogo, onde o zagueiro se destacou no Campeonato Brasileiro. Seu afastamento anterior não tinha relação com o desempenho no campo, mas sim com críticas à desorganização da Federação Angolana em 2021. Bastos, que deixou Angola cedo para atuar na Europa, é visto como um ícone nacional. Em agosto, foi recebido com festa no aeroporto de Luanda para seu retorno à seleção.
Bastos sempre demonstrou talento e, mesmo durante o tempo fora, seu lugar na seleção nunca foi questionado por falta de qualidade. Ele é uma figura acompanhada de perto pelos angolanos, que hoje seguem os jogos do Botafogo com grande interesse, buscando informações sobre suas atuações. Como destaca o jornalista angolano Hamlet Campos Júnior, do "VisualFoot", “O Botafogo não era muito conhecido aqui, mas agora, por causa do Bastos, uma parte de Angola torce pelo Botafogo”.
Essa conexão vai além do futebol. O pai do jornalista, Hamlet Campos Sênior, foi o treinador que transformou Bastos de atacante em zagueiro, ainda nas categorias de base do Petro de Luanda, aproveitando sua altura e porte físico.
Agora, Bastos está prestes a entrar na lista dos 10 atletas que mais jogaram pela seleção de Angola, um marco que já teria alcançado se não tivesse sido afastado. Mesmo distante, mantém laços com o país e dirige uma fundação que apoia crianças e pessoas carentes em Luanda.
A influência de Bastos também impacta a popularidade do Botafogo em Angola. Hamlet Júnior explica que o interesse pelos jogos do clube disparou. “Hoje, o Botafogo tem a força dos angolanos. Se o Bastos levantar um título, nossa bandeira será levantada junto, ele é muito patriota”, concluiu o jornalista.
Desde sua chegada ao Botafogo em 2023, Bastos se firmou como titular, somando 52 jogos e quatro gols pelo clube. O zagueiro revela que, ao ingressar no time carioca, "50% dos angolanos se tornaram botafoguenses". Sua presença no clube continua a inspirar, tanto dentro quanto fora de campo, fazendo dele um embaixador não oficial do Botafogo em Angola.