Filipe Luís valoriza vitória do Flamengo, mas alerta: "Fluminense não pode ser subestimado"

Escrito em 13/03/2025
Redação Flamengo

Técnico rubro-negro elogia adversário e lembra da reviravolta sofrida na final do Carioca de 2023

 



Filipe Luís em Fluminense x Flamengo — Foto: André Durão
 

O Flamengo largou na frente na decisão do Campeonato Carioca ao vencer o Fluminense por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Maracanã. Apesar da vantagem, o técnico Filipe Luís preferiu manter os pés no chão e destacou a força do rival, citando a virada sofrida na final de 2023, quando o Rubro-Negro venceu o jogo de ida por 2 a 0, mas acabou derrotado por 4 a 1 na volta.

 

— Os jogadores estão se entregando muito, têm muita fome de vencer. São atletas que já conquistaram muito, mas querem mais. O Fluminense é um time muito forte, recentemente ganhou a Libertadores. Tem um goleiro impressionante, para mim o melhor do Brasil. Tentamos jogar, criamos boas oportunidades e conseguimos um grande resultado, mas é uma vantagem mínima. Sei o que aconteceu em 2023 e jamais subestimo o Fluminense. Precisamos respeitar para conquistar esse título.

 

O Flamengo abriu dois gols de vantagem com Wesley e Juninho, mas viu o Fluminense reagir no fim da partida com Keno. Filipe Luís analisou que o time começou bem, mas acabou caindo de ritmo e entrou no jogo do adversário.

 

— Começamos bem, abrimos o placar, mas depois baixamos a intensidade. Aceleramos quando não precisávamos, perdemos bolas e não conseguimos pressionar. O Fluminense tem um time muito qualificado, com jogadores de alto nível e um goleiro excepcional. A saída de bola deles é excelente, o Thiago Silva é extraordinário. É complicado roubar a bola desse time. Mas soubemos sofrer e melhoramos no segundo tempo.

 

Mesmo com o gol sofrido nos minutos finais, o treinador não acredita que o resultado altere o cenário da decisão.

 

— Para mim, isso não muda nada. A vantagem não significa muita coisa. Meu trabalho é preparar o time para vencer o segundo jogo. Tivemos oportunidades, mas faltou capricho. Em alguns momentos, entregamos o controle ao adversário. No primeiro tempo, eles praticamente não criaram chances. O Real Madrid, por exemplo, também baixa as linhas e espera o momento certo. No segundo tempo, conseguimos melhorar. O Fluminense fez um gol, mas se fosse ao contrário, com a gente virando no fim? O jogo tem 90 minutos, não podemos analisar só os instantes finais.

 

Sobre Plata, que foi substituído na etapa final, Filipe Luís garantiu que não há lesão e destacou a exigência física que impõe ao time.

 

— Plata sentiu câimbras, mas nada grave. Peço muito dos jogadores, tanto na movimentação ofensiva quanto na recomposição. O nível de exigência física é alto. Desde que cheguei, lido com problemas físicos no elenco, mas nunca usei isso como desculpa. O time tem peças de reposição de alto nível e estamos bem fisicamente. Até o início do Brasileirão, teremos tempo para ajustar tudo.

 

Com a vantagem no placar, o Flamengo será campeão em caso de empate ou nova vitória no domingo, às 16h, no Maracanã. Já o Fluminense precisa ganhar por um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis ou por dois ou mais gols para conquistar o título no tempo normal.

 

Outros destaques da coletiva

 

Dificuldades na recomposição defensiva:

— Não acho que as minhas escolhas influenciaram nisso. Se aconteceu, a responsabilidade é minha. Eles concentraram muitos jogadores pelo lado, o que criou dificuldades, mas sem gerar perigo real. Luiz Araújo correu o tempo inteiro, Gerson também. Talvez tenham sentido o desgaste no fim. Sofremos o gol, mas isso faz parte do futebol.

Ayrton Lucas:

— Está com um incômodo no joelho que limita um pouco seu desempenho. Ele está se esforçando, mas, se puder poupá-lo, melhor. Se precisar, vou utilizar.

Arrascaeta:

— Ele voltou de uma lesão séria no joelho e tratou durante as férias. Perdeu parte da pré-temporada, então fizemos um controle da minutagem. Ele melhora conforme ganha mais ritmo. Os números dele podem crescer, mas, neste momento, olho outros aspectos. Espero mais dele, e ele sabe disso. Meu papel é ajudá-lo a atingir o melhor nível.

Wesley:

— Meu trabalho com ele não mudou. Quem vai para a Seleção é ele, não eu. O trabalho defensivo é específico da posição e envolve todos. Como ele é muito rápido, às vezes confia demais nisso, mas pode evoluir no posicionamento. Ele quer melhorar, e isso faz a diferença.

Fonte: Jogo de Hoje 360


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