Processo pode durar três semanas; Federação Inglesa solicita banimento do jogador
Lucas Paquetá West Ham x Liverpool — Foto: Isabel Infantes/Reuters
A partir desta segunda-feira, Lucas Paquetá começa a enfrentar as consequências da acusação de envolvimento indevido com apostas esportivas. O meio-campista do West Ham será julgado em um processo que deve se estender por cerca de três semanas. Segundo informações de veículos da imprensa britânica, como Sky Sports e The Guardian, a Federação Inglesa de Futebol (FA) está solicitando o banimento do atleta.
Em maio de 2024, a FA divulgou um comunicado oficial alegando que Paquetá teria violado normas sobre apostas esportivas em quatro partidas do Campeonato Inglês: contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, em 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023; e Bournemouth, em 12 de agosto de 2023. Em todos os confrontos, o jogador recebeu cartão amarelo.
Assim que a denúncia foi formalizada, em 23 de maio, Paquetá usou suas redes sociais para se posicionar e negar as acusações.
– Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários.
As acusações e o risco de punição
O jogador foi denunciado por quatro infrações à Regra E5.1 da FA, que estabelece que um atleta "não deve, direta ou indiretamente, tentar influenciar de forma indevida o resultado, o andamento, a conduta ou qualquer outro aspecto de uma partida". Segundo a federação, esse tipo de violação é distinta da manipulação de resultados, mas se for comprovado que uma aposta teve impacto direto no jogo, a punição pode ser severa, incluindo banimento vitalício.
A FA argumenta que Paquetá teria buscado, deliberadamente, influenciar determinados aspectos das partidas para favorecer o mercado de apostas, permitindo que terceiros obtivessem lucro.
Embora as regras disciplinares da entidade não especifiquem penalidades exatas para esse tipo de infração, punições para uso indevido de informações privilegiadas em apostas variam de uma suspensão temporária até o afastamento definitivo do futebol, além de possíveis multas.
O julgamento também avaliará se o brasileiro colaborou com a investigação e forneceu informações relevantes, fator que pode ser levado em consideração para amenizar eventuais sanções. Além disso, ele enfrenta outras duas acusações com base na regra F3, relacionadas à conduta inadequada ao responder questionamentos e apresentar documentos durante o processo.
Fonte: Jogo de Hoje 360