Empresário de Estêvão explica escolha pelo Chelsea: "Foi o único que nos viu como um camisa 10"

Escrito em 19/03/2025
Redação Palmeiras

André Cury destaca alto investimento do clube inglês, projeção de protagonismo e, principalmente, o plano tático que valoriza o talento do jovem do Palmeiras

 



Estêvão e Dorival Júnior conversam em treino da Seleção — Foto: Léo Sguaçabia/ SGUACABIAFOTO
 

Faltando quatro meses para sua despedida do Palmeiras, Estêvão já desenha seus últimos passos no clube antes de seguir para o Chelsea, na Inglaterra, após o Mundial de Clubes. O jovem é considerado por muitos como uma das maiores promessas recentes do futebol brasileiro, e a decisão pelo time londrino surpreendeu alguns, mas tem uma razão clara.

Além do nível da Premier League e do forte investimento do Chelsea, a possibilidade de assumir um papel de destaque foi um fator importante. No entanto, um ponto específico — revelado agora pelo empresário André Cury — teve peso decisivo: a chance de atuar como camisa 10.

 

— Foi o único clube que nos enxergou como um camisa 10, para jogar no meio de campo. Pode ser que eu esteja errado, mas vamos ter a oportunidade. Acho que a gente vai estar certo, então isso também foi uma coisa que pesou muito — explicou Cury.

 

Para o staff do jogador, o futuro de Estêvão está no centro do campo, com mais liberdade para criar jogadas. A revelação foi feita ao ser questionado sobre o que fez o Chelsea se destacar entre outros clubes interessados.

 

— Na minha opinião, no meu time ele joga de 10. Eles gostam de botar ele lá na ponta. Eu acho que isso limita um jogador dessa qualidade. Normalmente, atletas desse nível são camisas 10 e jogam por dentro — completou o empresário.

 

Embora tenha começado como meio-campista na base do Palmeiras, Estêvão acabou sendo deslocado para a ponta direita, posição que ocupa no time profissional sob o comando de Abel Ferreira. Essa mudança gerou questionamentos recentes sobre por que o jovem não é utilizado pelo centro.

Quando perguntado se Abel não enxerga Estêvão como um camisa 10, Cury argumentou que a escolha do treinador passa pelo elenco disponível.

 

— Abel tem muitos jogadores para essa posição. O Estêvão pode jogar tanto de extremo quanto de 10, mas os camisas 10 do Palmeiras não podem atuar como extremos. Então, às vezes, é uma questão de conveniência no elenco — analisou.

 

— Tem o Veiga, Maurício, Facundo Torres, Felipe Anderson. Eu entendo que, para o Abel, é mais fácil colocar o Estêvão como extremo, porque assim ele tem um jogador de alto nível na posição. Se trouxer para o meio, precisaria tirar um desses nomes e ainda perderia um extremo — acrescentou o agente.

 

No momento, Estêvão está com a seleção brasileira para os jogos contra Colômbia e Argentina, nos dias 20 e 25 de março, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Após retornar ao Brasil, se concentrará para a final do Paulistão, no dia 27, e permanecerá no Palmeiras até julho, quando se transferirá para o Chelsea.

As declarações de André Cury foram dadas em entrevista ao programa Abre Aspas, do ge, que será publicada na sexta-feira. Além de falar sobre Estêvão, o empresário também comentou sua experiência como olheiro do Barcelona e seu envolvimento nas negociações de Ronaldinho Gaúcho e Neymar.

Fonte: Jogo de Hoje 360


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