Clube paulista e técnico não precisarão pagar indenização; acordo envolve divisão dos direitos econômicos do atacante Giovani
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no clássico contra o Corinthians, no Allianz Parque, pelas oitavas de final da Copa do Brasil — Foto: Marcos Ribolli
Após um período de divergências judiciais, Palmeiras e o Al-Sadd, do Catar, selaram um acordo que põe fim à disputa envolvendo o treinador Abel Ferreira. O clube catariano havia acionado a Fifa alegando descumprimento de um pré-contrato pelo técnico, mas as partes decidiram resolver a questão de forma amigável.
Nem o Verdão nem o comandante terão que fazer pagamentos referentes à ação. A solução veio por meio de uma negociação que trata da participação nos direitos econômicos do atacante Giovani. Atualmente, o Al-Sadd detém metade desses direitos, e existia uma cláusula para adquirir mais 25% caso fossem cumpridas metas esportivas — o que poderia gerar um pagamento na casa dos R$ 10 milhões.
Com o acerto, divulgado pelo Uol, essa condição não será ativada, e o Palmeiras manterá 50% dos direitos do atleta, que continuarão divididos igualmente com o time do Catar.
O contexto da disputa
No ano passado, o Al-Sadd buscou a instância da “Player’s Status Chamber” da Fifa para tratar do conflito trabalhista com Abel Ferreira. O clube alegava que o treinador havia rompido um pré-contrato firmado para assumir a equipe no início de 2024, cobrando uma multa no valor de cinco milhões de euros (cerca de R$ 31 milhões).
Por sua vez, a defesa de Abel argumentava que o documento em questão era apenas uma carta de intenções, sem formalização definitiva, e entrou com ação contra o Al-Sadd, também requerendo o mesmo valor como multa.
Diante do impasse, a Fifa propôs uma reunião para mediar um consenso, e o Palmeiras utilizou seu bom relacionamento com a diretoria catariana para avançar nas negociações.
Um ponto central das tratativas foi a situação do atacante Giovani. O Al-Sadd evitava utilizar o jogador para não ativar a cláusula de compra dos direitos extras, o que gerava um impasse esportivo e financeiro para ambas as partes.
Por fim, a solução encontrada preservou a divisão igualitária dos direitos econômicos do atacante entre os clubes e encerrou o processo envolvendo Abel Ferreira sem custos adicionais para nenhuma das partes.
Fonte: Jogo de Hoje