Diretor esportivo do Barcelona afirmou que a transferência não avançou por exigências do estafe do jogador e rebateu postura do clube basco
Nico Williams e Dani Olmo são companheiros na seleção espanhola — Foto: Getty Images
A chance de ver Lamine Yamal e Nico Williams dividindo o ataque do Barcelona esteve perto de se concretizar na última janela de transferências. Porém, segundo o diretor esportivo Deco, a negociação acabou travada por exigências que, segundo ele, não partiram do clube, mas sim do estafe do jogador.
Em entrevista, Deco não poupou críticas ao Athletic Bilbao, time que detém os direitos de Nico.
— Não quero entrar em questões que não são minhas. Sou dedicado aos jogadores, à gestão diária do clube, mas acredito que o Bilbao não é exemplo nenhum para nada nesse sentido. Não procuramos o jogador deles, não fomos atrás do jogador deles. Eles têm que se preocupar com o agente, que veio ao Barça várias vezes para oferecer o jogador. Não é um problema do clube.
O dirigente ainda destacou que o Barcelona não foi responsável por criar qualquer atrito na situação:
— Se um dos nossos jogadores dá permissão ao seu agente para falar com outras equipes, não podemos ficar bravos com os outros por isso. Vamos seguir em frente. Ele é um jogador do Bilbao. É uma situação muito simples. O agente nos procurou, não deu certo, e precisamos seguir em frente com outras questões mais importantes.
A irritação de Deco também está relacionada ao fato de que o Athletic Bilbao teria recorrido à LaLiga para confirmar se o Barça conseguiria registrar o jogador dentro das regras do Fair Play financeiro. O luso-brasileiro garantiu que não havia qualquer impedimento burocrático e que o entrave ocorreu por mudanças nas condições pedidas pelo estafe de Nico.
— Não se trata de garantias de registro, é muito simples. É só que, se você for negociar, me diga tudo o que precisa e o que quer, e não altere depois. É isso. E não vou falar mais sobre esse assunto; já se falou demais, muita bobagem, até em Bilbao.
— Não há erro (do Barcelona na negociação), simplesmente definimos as condições do clube, depois temos que colocar as negociações no papel, em contratos, e dissemos que não aceitaríamos as condições que nos impuseram porque nenhum jogador nos imporia restrições, e no final, nada acontece. Demos a eles um prazo para responder, mas eles não responderam; eles seguiram o caminho deles, e nós seguimos o nosso.
Ao encerrar o tema, Deco reforçou que Nico Williams nunca foi considerado prioridade do Barcelona, mas sim uma oportunidade oferecida pelo empresário. Ele também explicou como o jogador poderia se encaixar no elenco.
— Não há mudanças. Quando negociamos com o Luis Díaz, vimos que era muito difícil. Com o Rashford, o United só queria uma venda, e estávamos procurando soluções. O Nico não era exatamente o perfil que queríamos, mas ele pode jogar na esquerda e na direita. E o Ferran estava se tornando um '9', e você o tira da equação nas pontas. Se você traz o Nico, você tem um ala direito e um ala esquerdo, mas não tanto o perfil '9'.
— Se um grande jogador como o Nico nos pede para vir, quando o agente nos procura, nós conversamos, e é assim que tem sido. O futebol é assim; o jogador, por qualquer motivo, não queria as condições que foram propostas. O agente tem seus interesses, e não sabemos como as coisas estão indo, mas não há controvérsia. É uma questão muito fácil. Ele te dá uma ponta direita e uma ponta esquerda, ele não te dá o aspecto de '9', mas se você não tiver as outras soluções, isso nos serviria porque ele é um grande jogador e poderia te dar duas das três posições.
✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°